Processo
Tem sido habitual fazer os kickoff de projecto em formato de workshop, envolvendo a equipa do cliente e processos de co-criação. Fizemo-lo recentemente com a Aquapor, com a Tecnidelta, a Mistolin e com o Instituto Superior Técnico.
Chamamos a estes momentos “discovery workshops” pois pressupõem a descoberta e alinhamento de informação sobre determinado assunto. É um formato que usamos com regularidade, em projectos de maior complexidade, nos quais é fundamental envolver a equipa do cliente logo desde o início.
O objectivo é termos todos os intervenientes alinhados no problema que vamos resolver e ajudar o cliente a articular a sua problemática, assim como gerir as expectativas futuras. Aproveitamos estes momentos para recolher ao máximo todo o conhecimento que naturalmente reside na esfera do cliente. É também uma forma de a equipa do cliente sentir-se parte do processo, influenciando o mesmo, evitando que as soluções futuras sejam entendidas como imposições.
Como fazer discovery workshops de forma eficiente?
Isto vai orientar e estruturar todo o workshop e vai evitar que se perca tempo com assuntos redundantes. É fundamental identificar o objectivo central do workshop. Se te ajudar podes usar este template de um Mapa Cognitivo.
Usa templates que os participantes possam preencher, em equipa, e apela ao trabalho manual (colagens, post-is, desenhos). Leva os templates impressos (é sempre mais divertido e empático escrever à mão) e disponibiliza os materiais necessários.
Cada exercício/template deve ter um tempo predefinido. E deve haver dinâmica. Começa com um warm up divertido e pelo meio pede aos participantes para criarem um moodboard através de colagens. Equilibra os momentos densos com momentos descontraídos.
Exercícios base que nunca dispensamos: love & breakup letters, análises swot, personas, moodboards. Mas claro, tudo depende do que definires no ponto 1. Adequa sempre os exercícios ao que pretendes retirar do workshop.
Regista todo o evento. Durante o mesmo faz um registo fotográfico e posteriormente digitaliza os templates preenchidos pelos participantes. Vai ser útil para análise futura. Depois da sessão, partilha a informação recolhida e as principais conclusões com o cliente.
Além da informação que recolhemos e do alinhamento gerado, uma coisa que percebemos é que estes momentos contribuem também para o team building da equipa do cliente, que sai da sua esfera corporativa e entra num modo design thinker. É sempre revigorante ver outros profissionais a colaborar de forma entusiasta e com recurso às manualidades (aka tesouras, x-acto e cola UHU) 😉
Não se esqueçam, o design é um processo colaborativo, e o cliente é o nosso maior aliado no processo de descoberta. Cabe-nos a nós, como designers, facultar as ferramentas que facilitam a comunicação do problema real e desbloqueiam possíveis respostas para resultados que promovam a diferenciação.
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